20.2.03

É público e notório minha adimiraçao ao cinema de Almodovár (que desgraçadamente nao levou nenhum GOYA, numa cerimonia de gala onde os artistas esqueceram da mae e na hora de agradecer disseram ¡NO A LA GUERRA! o Aznár sim que lembrou das maaes destes), vocês podem conferir na seçao DJANGOBRODER do cucaracha zine (aquela antes do Blog) a foto de quando eu cruzei com o gordinho e babei seu ovo a ponto de provocar ciúmes no Caetano. Bem, daí que eu sempre fui encantado por sua Madrid de putas nas ruas, taxis com estofamento de oncinha, freiras viajandonas, boates decadentes recheadas de bichas lokas e policiais alcóolatras.

Bem, a coisa mudou bastante. Na minha primeira tentativa de desbravar a night Madrilenha fui barrado no primeiro bar que tentei entrar, por conta da minha calça Adidas, uma calça nova estilo aquelas que a gente usava na aula de educaçao fisica que eu comprei numa liquidaçao do Corte Inglês. Adidas é bem barato aqui, o que me faz pensar que trata-se de roupa de favelado, seguindo esse raciocínio pensei que eu nao seria barrado numa night de música Preta (hip-hop, Ragga, dancehall, DnB, enfim, música BOA!). Tive de comprar essa calça porque meu Jeans estava andando sozinho. Nao consegui achar uma night de hip-hop no guia noturno que comprei na banca de jornal, pelo menos nao pelo centro de Madrid nuam quarta feira, daí eu resolvo desistir mas antes de pegar o último trem passo pelo MUSEU DEL JAMON (onde tem inumeras variedades do Presunto Cerrano espanhol, nada menos que uma pata crua de porco pendurada de cabeça pra baixo na parede) para matar a larica e beber uma caña (chope). Dai eu encontro sobre um desses cotocos de concreto-que-eles-colocam-pros-carros-nao-subirem-na-calçada um bolo de felipetas que tinham a foto de uns lábios carnudos mordendo um morango estupidamente fálico. Algo como la noche mas sexy para quien les gusta el hip-hop y soul, mulheres de graça e 7 euros de entrada pros homens, nao muito longe dali, tava certo que ia ser barrado mas fui lá, afinal era hip-hop nao!? Eu podia dizer que era B-Boy.

- ¡No podes entrar asi!
- ¿¡Pero por que no!?
- Po que no
- Pues si es hip-Hop...
- Pero no!

Vi um bonde de oito minas muito gatinhas entrando. No bar que eu tinah sido barrado anteriormente tocava música eletrônica e três terços do público eram de minas muito gatinhas. Voltei a oportunar o segurança.

- ¡Oye! Si me cambio y pongo unos jeans ¿Me dejas entrar?
- Pues si...

Pensei em correr pro hotel, vestir o Jeans imundo (que já tava dando coceira na virilha) e voltar, ainda faltava meia hora pro metrô fechar, eu sei que era possível. Mas no trem eu vejo um desses cartazes de "MANDA-SE DINERO PARA EL EXTERIOR". Tinha uma montagem com fotos de diversos países, um coroa colhendo café na colômbia, uma praia da republica dominica e... BOTAFOGO VALLEY!!!

Dai eu imaginei um domingo de sol no posto nove. Um baseado de haxixe marroquino, meu radinho a pilha tocando rap e todas elas, as loiras, as pretas, as ruivas, as ninfetas... Todas... Todas... e mil histórias pra contar...

Nao há lugar como casa...

Nenhum comentário: