9.9.04

Passei v‡rias horas pesquisando a Web atr‡s de uma foto do Cheech Marin abra�ando a Daniela Mercury, a Xuxa e a Xaxa no Latin Grammy. Consegui descobrir que em 1993 a Xuxa tentou fazer um mal sucedido programa voltado para o pœblico Latino nos EUA e que contou com v‡rias participa�›es, inclusive do Cheech Marin... Ah, ent‹o eles j‡ se conheciam... N‹o deve ter sido a primeira vez que o Cheech manjou aquele rabo...

No meio da busca o mano Juca chega aqui em casa e me fala da morte do Tom Capone. Porra, eu n‹o acreditei, mas foi s— digitar o nome do cara no Google que vieram as manchetes. Puta que pariu! Pensei na Constancia, na Erica, no Gabriel, nos Djangos, no Wander Wildner, no Acabou La Tequila, no Rappa... enfim, todos os amigos que trabalharam com este mago do estœdio. Conhecia o cara de visitas a estœdios e baladas. Uma vez o fotografei com a Constancia na sua Harley...

Puta merda! ƒ uma grande merda quando voc� fica sabendo dessas coisas pelos jornais. Papo de um m�s atr‡s o foi a vez do Fervil, aparecer no jornal, assassinado. O mineirinho foi o primeiro maluco a comprar um freela meu, pra Internet.Br, e me empregar cmo escravogiário no simpático AQUI!, portal de conteúdo do extinto Cadê. Ele foi o único cara legal a sobreviver a bolha da Internet e foi assassinado por um carro caro...

Antigamente eu achava que envelhecer era colecionar inimigos, hoje em dia eu sei que envelehcer Ž aprender a se acostumar com a morte de amigos e parentes. Este ano eu tambŽm perdi meu av™, que era um pai pra mim...

As pessoas tentam te reconfortar, dizendo que o sofrimento est‡ aqui, que essas pessoas "passaram para uma melhor"... Mas como o ateu que sou tenho quase certeza de que acaba ali, no œltimo suspiro, e o que sobra apenas Ž a lembran�a, a saudade e a dor da perda em quem fica vivo. As palavras mais sinceras e bonitas que ouvi no enterro do meu av™ vieram de um amigo dele: - Mas que puta merda!!!!

Uma puta merda e injusti�a. Todos os dias os jornais est‹o cheias de noticias como a do Fervil ou do Tom Capone. A gente s— se liga quando Ž alguŽm que a gente conhece e admira... Enquanto tem um monte de filho da puta mesquinho que a gente cohece que merecia tomar umas marretadas na cabe�a e t‹o ai na pista, continuando fazendo merda, traindo as pessoas que lhe ajudaram e metendo outros em furadas. AtŽ que um dia encontre seu fim nas armas de algum policial, traficante ou qualquer outro cara que n‹o tenha paci�ncia para suas molecagens e ai as manchetes de jornais v‹o ser algo como "A hist—ria se repete..."

Cansei se ver neguinho que Ž bandido assumido ser tartado como vitima pela m’dia... Este planeta t‡ mesmo todo errado...

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